Atualização de 6 de julho: As primeiras cinco–ou mesmo as seis primeiras etapas não alteraram praticamente nada nos top 5 da classificação geral. Em outras palavras, a ordem dos resultados do prólogo permaneceu intacto durante a primeira semana, fazendo as primeiras etapas de montanhas (médias) serem ansiosamente aguardadas para animar as coisas. (Este seria o momento ideal para reclamar sobre a falta de bônus de tempo, e da aplicação muito liberal da regra do mesmo-tempo).

Em geral, a 7ª Etapa não é uma etapa difícil em termos de montanha, mas sua chegada é bem exigente, sendo uma das três únicas chegadas em subida do Tour deste ano. A estação de esqui " La Planche des Belles Filles" recebe o Tour pela primeira vez e, com 5,9 Km e inclinação de 8.5% em média, é a única subida realmente dura nesta área das montanhas Vosges no nordeste da França, perto da fronteira com a Alemanha no departamento de Haute-Saône.

Como o ex-ciclista profissional Daniel Lloyd mostra em um vídeo-preview As duas montanhas de categoria 3 na metade da etapa devem ser usadas como uma plataforma de lançamento para uma fuga, e se o grupo certo de ciclistas se juntar, são grandes as chances da camisa amarela ganhar um inesperado dono.

De qualquer forma, este será o último dia de Fabian Cancellara com a camisa amarela, e o vencedor desta etapa provavelmente será o novo líder na classificação de Montanhas. A escolha lógica para esta etapa seria o português Rui Costa (Movistar) porque ele venceu as primeiras etapas de média montanha no Tour do ano passado e, há menos de um mês, obteve uma vitória impressionante numa etapa de montanha na Volta da Suiça, quando faturou o título geral. Como ele não é considerado uma ameaça para a classificação geral do Tour, Costa pode até escapar com a fuga, que é como ganhou a etapa no ano passado. Cadel Evans (BMC Racing), Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi) e Frank Schleck (RadioShack-Nissan) também estão entre os favoritos para vencer esta etapa. -- Ricardo Barcellos