Partindo para oeste em direção à costa, no extremo norte da França, a primeira metade da etapa não possui grandes atrativos, mas isso muda radicalmente quando se entra na região costeira de Boulonnais. Existem seis subidas de categoria 3 ou 4 nos 70 Km finais desta etapa, sendo quatro nos últimos 16 km. As subidas, estreitas e sinuosas, vão pôr à prova os nervos dos ciclistas, em especial os que disputam a classificação geral, cuja única ambição vai ser terminar o dia inteiros. Em anos anteriores, etapas como esta na primeira semana acabaram com as esperanças de muitos ciclistas. E para piorar as coisas, parece que há uma boa chance de chuva para a etapa desta terça-feira.

Os 700 metros finais por ruas residenciais de Boulogne-sur-Mer (foto acima), com inclinação média de 7,4%, são ainda mais difíceis do que a chegada da 1ª Etapa. Se não houver uma fuga bem-sucedida, a expectativa é de um disputado sprint final entre um pequeno grupo de "puncheurs" como Philippe Gilbert (BMC), Alejandro Valverde (Movistar), Simon Gerrans (Orica-GreenEdge) e–se as mais novas sensações do pelotão sobreviverem ao caos até o fim–Peter Sagan (Liquigas-Cannondale) e Edvald Boasson Hagen (Sky Procycling), que pode reivindicar a Camisa Branca após esta etapa.

Sylvain Chavanel venceu o Campeonato Francês de 2011 em Boulogne-sur-Mer e portanto ele conhece bem essa área. Chavanel também ganhou uma etapa muito semelhante à esta, em Spa, no Tour de 2010. Não será surpresa se ele tentar uma fuga decisiva em uma das quatro subidas dos últimos 16 quilômetros.